Do portão convidativo, mas nada ameaçador, o primo mais velho - ainda inacreditavelmente pequeno - sentia muito mais do que o cheiro do homem que o jogava para o alto na foto. Eram guardadas, ali, as imagens de um diálogo motivado pela "engenhoca" tecnológica tão falada por aquele mesmo homem que o levantava na fotografia. Como se fosse um troféu erguido por alguém trajando preto e branco. Gesto, esse, que emocionava o homem, o filho do tal homem e posteriormete o primo já não mais tão pequeno. O tempo tratou de levar o homem e fez com que ele não conhecesse a menina linda que, nua e segurando uma mangueira, tomava banho no chão de lajota e desfilava um sorriso capaz de iluminar todo aquele corredor e refletir o brilho que vinha dos cachos grandes e brancos da senhorada cadeira de balanço.
Texto por Rafael, o primo mais velho incrivelmente pequeno.
4 comentários:
Para "Amarcord" e "Amarcord 2".
Lindos! Fiquei emocionada. Muitas lembranças e saudade...
[Meus motivos de orgulho]
Lindos! Os dois. E até em mim deu um arrepiozinho de emoção...
E a veia pras letras deve ser mesmo algo de família...
Mtos beijos!
palavras como essas me fazem pensar que toda família, deveria (mesmo que involuntariamente) fabricar alguém corajoso o suficiente para escrever alguns momentos de sua saga.
[ou isso seria muito Gabbo?]
essas lembranças, detalhes de tempos e vidas estão cheios de beleza - é sempre bom que alguém os veja e registre
=)
beijos!
Oi, Emília! Tudo certo? A Dona Benta aqui tá precisando de diretora de arte e te mandou um e-mail. Você tá por aí? Queria falar contigo...
beijoca!
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